Banda da Guarda Civil completa 20 anos

Texto: Sabrina Rodrigues Bologna

Fotos: Isabela Borghese e Divulgação

Grupo é formado por guardas a ativa e aposentados e se apresenta em diversos eventos

A Banda da Guarda Civil comemora no próximo domingo, 04/09, 20 anos de criação. Formada por GCs da ativa e aposentados e por alguns convidados, se apresenta em diferentes eventos e, desde sua criação, feita mediante decreto 9989/02, teve diversas formações e maestros. Reativada neste ano após dois anos de pandemia, conta com a coordenação do guarda-civil e músico graduado M. Souza.

Banda pode se apresentar em Instituições mediante solicitação como no Lar Betel que foi duas vezes este ano

Seu retorno foi marcado pela apresentação no aniversário da Guarda Civil, celebrado em abril, e pela inserção de vocalista e instrumento de cordas, além da formação da Banda B, que reúne novos integrantes, a maioria deles novatos na música e que passam a conhecer notas e instrumentos musicais a partir do ingresso no conjunto. Atualmente, entre integrantes da Banda A e da Banda B são 30 pessoas envolvidas.

Cantor e instrumento de cordas são novidades após a reativação

Após a reativação, a Banda já se apresentou em escolas municipais e estaduais, instituição de longa permanência, no Tiro de Guerra e aniversários da cidade e da Estação da Paulista. Na próxima semana, se apresenta nas comemorações da Semana da Pátria, Bicentenário da Independência do Brasil e abertura da cápsula do tempo da Escola Estadual Sud Mennucci, no dia 05/09, às 8h, e também no desfile de 7 de Setembro, que este ano acontecerá na avenida Independência, entre as ruas 13 de Maio e Moraes Barros.

Osvaldo está na Banda desde sua criação

Para ensaio e ampliação do repertório, os integrantes se reúnem todas as quartas-feiras, à tarde, no Tiro de Guerra. Os integrantes da Banda A, que são os músicos que participam das apresentações públicas, ensaiam e ampliam o repertório. Os integrantes da Banda B, que estão em aprendizado, se reúnem para terem aulas de música com o coordenador e maestro da Banda.

M Souza, que além de Maestro é saxofonista

HISTÓRIA – Criada em 2002, a Banda fez sua primeira apresentação oficial durante XIV Congresso Nacional de Guardas Municipais, realizado em Piracicaba em 2003 e que reuniu corporações irmãs de 141 municípios de 18 estados brasileiros. Depois disso, a Banda apresentou-se, entre seus períodos de atividade e inatividade, em diversos eventos cívicos em Piracicaba, mas também em outros municípios, como Salto, Salto, Limeira, Estiva Gerbi, Rio Claro e Campinas.

Nivaldo, do meio, acha a participação na banda gratificante

No começo, quase todos os integrantes não sabiam tocar um instrumento e aprenderam com o então maestro Levi, lembram o inspetor Osvaldo e o GC Nivaldo, 41 e 44 anos de Guarda, respectivamente, e que estão na Banda desde sua criação.

M Sou

Sza e Cerqueira durante as aulas

No começo não foi nada fácil porque tinha que fazer aula de música e aprender a técnica do instrumento e a gente não tinha conhecimento nenhum e ainda tínhamos que conciliar o estudo com o trabalho e a família, mas seguimos em frente. Estou na Banda até hoje e é algo que gosto de fazer. É muito gratificante”, frisa Nivaldo, que toca clarineta.

S. Almeida durante as aulas

Aí a gente começou a aprender música, ler partitura. A Banda foi evoluindo, teve diferentes maestros até chegar ao M. Souza, que é um dos melhores que tivemos. É líder, é músico, sabe conversar com as pessoas. Quando vamos aos locais, as pessoas adoram nossas apresentações e sempre querem que a gente volte. É música né, quem não gosta de música? A Banda, atualmente, está numa fase maravilhosa, a melhor se formos ver. Hoje temos, inclusive, cantor e instrumento de cordas e isso está sendo um diferencial”, relata Osvaldo

O NOME – Chamada de José Romário de Oliveira França, ela foi assim denominada por meio da lei 5245/2003, para homenagear integrante da Banda que foi morto em serviço em 28/11/2002, em emboscada na rua Fernando Lopes, no bairro da Pauliceia, onde, no meio da tarde, uma viatura foi alvejada, ferindo um dos GCs e matando o outro. A Banda, muito emocionada, tocou no seu velório.

OUTRO PARADIGMA – A existência de uma Banda na corporação quebra paradigmas sobre o papel da Guarda, como afirma seu coordenador, M. Souza. “As crianças começam a ver GC de uma forma diferente quando nós nos apresentamos nas escolas. Há uma quebra do paradigma de que os Guardas só punem. Eles descobrem que nós também produzimos cultura. É algo gratificante para quem nos ouve e para nós mesmos”.

Esta mudança de paradigma, inclusive, é o motivo do apoio do comandante Sidney Miguel da Silva Nunes à reativação efetiva da Banda. “Nós apoiamos a Banda porque acreditamos que a Guarda Civil, além do trabalho de segurança, deve ter uma relação com a sociedade que não inspire medo, mas sim confiança. É uma forma de desmistificar o papel meramente punitivo que o senso comum inspira nas pessoas. Guarda Civil é uma parceira da sociedade e promove, também, cultura.”

BANDA B – A criação da Banda B aconteceu este ano, após a Banda ser efetivamente reativada e novos GCs se interessarem a tocar na Banda. Eles também ensaiam no Tiro de Guerra às quartas-feiras. Os GCs Cerqueira e S. Almeida são desta turma nova. “Eu sempre tive vontade de tocar um instrumento musical e o M. Souza se prontificou a me ensinar. Estou há um mês e meio tendo aulas com ele e com o GC Fabrício e gostando muito”, disse S. Almeida.

O GC Cerqueira também começou na Banda B e agora está a caminho da A e frisa que a Banda traz ânimo para a tropa. “Eu acredito no potencial da Banda em qualquer corporação. A Banda traz um ânimo para tropa, ela traz a vibração para o integrante da corporação, além da beleza e honraria que traz para Guarda. A Guarda de Piracicaba ter uma banda é maravilhoso. Eu acho que ela deve ser cada vez mais incentivada, permitindo que mais guardas possam participar”, afirma Cerqueira.

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